Da vila de Gavião avistam-se as duas Degracias, a Cimeira e a Fundeira. Duas aldeias cuja proximidade à sede do concelho sempre marcou a vida comunitária e, por consequência, as relações.
Da Degracia são naturais, entre outros notáveis, o comerciante Ramiro Leão e o médico e político Eusébio Leão. O primeiro fundou os famosos armazéns lisboetas com o seu nome e o segundo distinguiu-se especialmente quando no dia 5 de outubro de 1910 leu a proclamação da República na varanda da Câmara Municipal de Lisboa. Na Degracia nasceram também António Pequito de Seixas Andrade, advogado e deputado às Cortes, e o seu irmão Adriano Pequito Seixas de Andrade, igualmente advogado e deputado.
Do património da Degracia Cimeira destaca-se a capela de São Pedro e a antiga escola primária hoje convertida em Centro de Interpretação de Percursos Pedestres e BTT. A escola primária foi inaugurada em 1919 por ação de um grupo de beneméritos locais, entre os quais Ramiro Leão e o médico Eugénio Maleitas. No ano letivo de 1955/56, a escola (que encerrou em 1978) tinha 33 alunos.
O cemitério Degracia começou por ser da família Pequito Rebelo mas foi doado à Câmara Municipal de Gavião em 1920.
Entre as suas fontes que ainda hoje se conservam, nas Degracia Cimeira destacam-se as fontes de Samaritana e da Bica; e na Degracia Fundeira uma fonte à entrada deste lugar e a Fonte de S. Francisco no miolo do núcleo populacional.