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Por União das Freguesias de Gavião e Atalaia 16 de novembro de 2024
Esta casa que se avista desde o nosso território, inserida na freguesia de Belver, faz parte do bilhete postal que é também a margem direita do Tejo junto à estação ferroviária de Belver Gaviã o. É uma casa com muita história e que hoje é uma referência do turismo de habitação - "A Saboeira". Mas estes foram também os edifícios da fábrica de alpercatas de António Seara , mais tarde recuperada por um casal de italianos, Serenela e Giorgio Formica, transformando-a em uso turístico - A Casa da Abitureira. A propriedade foi adquirida em 1992 e no início deste milénio ainda funcionava com este nome. Hoje, tem novas proprietárias e guarda apenas a memória das alpercatas que aqui se fabricaram.

Anselmo Seara, sobrinho de António Seara, informa que esta casa foi construída não apenas para ser fábrica de alpercatas mas também armazém de vários produtos, entre os quais tripa para enchidos, especiarias e papel de fumar . Também ali esteve a residência da família.

A fábrica chegou a empregar mais de 150 pessoas de Belver e Gavião, refere ainda Anselmo Seara. Este é, por isso, um sítio com uma história imbricada não apenas com as gentes de Belver mas também com as gentes de Gavião. Porque, no fundo, este território é cozido igualmente pela vivências das pessoas em locais que por vezes não são os das freguesias onde residem. O que justifica trazermos aqui uma casa inserida na freguesia de Belver e que se vê da nossa freguesia, desde a margem esquerda do Tejo.
Por União das Freguesias de Gavião e Atalaia 14 de novembro de 2024
A Quinta da Margalha, cuja casa principal se situa a menos de três quilómetros da vila de Gavião, perto da Nacional 118 (quem nela viaja ainda tem a indicação para o núcleo habitacional da herdade), é uma referência da história do nosso território.

Hoje já sem a produtividade agrícola de outros tempos, a Quinta da Margalha ainda tem nove hectares de vinha e daqui sai uva para algumas grandes casas produtoras de vinho. Estas vinhas que veem na imagem foram plantadas em 2001 e 2002 pela Ilex Vinho. O vinho aqui com origem resulta da conjugação das castas Touriga Nacional, Aragonês e Syrah, com notas de Tinto Cão e Verdeaux.

A Quinta da Margalha alberga também uma importante coleção de 38 carros de tração animal e um deles é a ambulância que está na imagem de capa. Uma ambulância militar que José Hipólito Raposo - o autor de grande parte da coleção - entendia como "única no mundo". O carro de atrelar, modelo 1907, foi encontrado numa sucata e recuperado na Margalha.

José Hipólito Raposo iniciou a coleção contando já com 12 carros de atrelar que pertenciam a esta família da Casa Rebelo. A sua mãe, Valentina de Andrade Pequito Rebelo Vaz Raposo, herdou a Quinta da Margalha no início do século XX. A casa da quinta foi mandada construir por Maria Adriana Pequito de Seixas Andrade (que a herdou de uma tia), personalidade gavionense falecida em 1920 e esposa do conselheiro José Caetano Coutinho Rebelo (antigo presidente da Câmara Municipal de Gavião e pai de José Adriano Pequito Rebelo).

É também a Margalha um lugar onde estagiaram grande personalidades, como aconteceu na sua juventude com o atual Duque de Bragança, D. Duarte Nuno. A quinta possui também uma capela mandada erguer por dona Valentina cumprindo um voto de sua mãe pelo regresso de um filho da I Guerra Mundial.

A Margalha dará agora também o seu nome à central fotovoltaica que está a ser construída também em terrenos que lhe pertencem.


Por União das Freguesias de Gavião e Atalaia 8 de novembro de 2024
Odete Jesus é uma das pessoas que usa regularmente o forno comunitário do Cadafaz para fazer pão. Um pão especial cujo segredo não revela mas que não dispensa farinha integral. A equipa de trabalho da União das Freguesias de Gavião e Atalaia  foi presenteada recentemente com um pequeno almoço reforçado também com coalho, queijo, manteiga e vinho, para acompanhar o pão acabado de sair do forno preparado por Odete e pelo seu irmão José. Germano Porfírio, presidente da união das freguesias, também esteve presente.

Odete de Jesus é uma das pessoas com residência no Cadafaz que utiliza regularmente este forno comunitário recuperado em 2021 tal como outros seis no concelho de Gavião  (um deles na vila sede de concelho e outro na Degracia), um investimento de 165 mil euros que está a dar frutos ou, neste caso, pão quentinho. Assim se mantêm vivas as tradições mais entranhadas na história do nosso território, com estes fornos também a proporcionarem bons momentos de convívio e coesão social.

Outeiro Fundeiro, Torre Cimeira, Furtado e Outeiro Cimeiro são as outras aldeias do concelho, todas elas na freguesia de Belver, que também dispõem de fornos comunitários ativos.


Por União das Freguesias de Gavião e Atalaia 5 de novembro de 2024
A Câmara Municipal de Gavião e a União das Freguesias de Gavião e Atalaia estão a desenvolver esforços para reparar o muro do cemitério da Atalaia que foi derrubado pelas chuvas intensas que ocorreram no passado mês de outubro.

As equipas de engenharia e arquitetura do município estiveram recentemente no local para preparar a operação de reparação do muro e também para pensar na ampliação deste cemitério. Germano Porfírio , presidente da União das Freguesias, acompanhou esta visita, bem assim como António Severino , vice-presidente da Câmara Municipal de Gavião.

O plano passa por aumentar a área do cemitério e dotar o mesmo de uma zona de estacionamento.

Por União das Freguesias de Gavião e Atalaia 4 de novembro de 2024
O Clube Gavionense, com sede na nossa união de freguesias, representa o concelho de Gavião nos campeonatos distritais da Associação de Portalegre, mantendo em atividade também escalões de formação.

A equipa sénior do Clube Gavionense logrou, no passado dia 3 de novembro, o seu primeiro triunfo da época ao bater por 3-2 o Gafetense. na disputa da Taça de Honra da associação portalegre, onde compete também com Mosteirense, Santa Eulália, Elétrico e Portalegrense. Este foi o seu quinto jogo da temporada.

Afastado da Taça de Portugal pelo Arronches e Benfica - equipa do Campeonato de Portugal -, o Clube Gavionense é orientado por António Carrilho, treinador de 55 anos natural de Alpalhão. O clube é presidido por Rui Maia.

O atual plantel sénor tem cinco jogadores naturais do concelho de Gavião: José Miguel, Tomás Carvalho, Sandro Batista, Leonardo Heitor e José Rosa. José Claro, Gilberto e André Santos são residentes em Gavião.

Por União das Freguesias de Gavião e Atalaia 2 de novembro de 2024
Sendo o nosso território de quase 78 Km2 uma realidade una também do ponto de vista social, continua a ser objetivo da União de Freguesias   sentir como estão a ser acolhidos os novos residentes e como decorre a respetiva adaptação a uma nova realidade.

Assim aconteceu com a Patrícia (no centro), que está há poucas semanas a viver na Atalaia e já tem cinco dos seus seis filhos a estudar em Gavião, e com a Anabela, que vive há um ano também na Atalaia. Ambas aqui chegaram sem terem qualquer ligação a esta aldeia do concelho de Gavião.

Germano Porfírio, presidente da União das Freguesias de Gavião e Atalaia, esteve à conversa com as novas residentes, na sede do CARA, para tentar perceber as suas motivações e mostrar a disponibilidade da UF. Num concelho nos últimos anos em perda demográfica, é muito importante poder contar com estas famílias que nos escolhem para local de residência permanente.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, o concelho de Gavião tinha 3.394 habitantes em 2021, depois de 4.132 em 2011 e de 4.887 em 2001. Ou seja, no espaçode 20 anos, no presente século, o concelho perdeu 1.513 habitantes. Desde que há números confiáveis, foi em 1950 que o concelho de Gavião atingiu o seu máximo populacional, com 11.023 habitantes.



Por União das Freguesias de Gavião e Atalaia 21 de outubro de 2024
A edição de 2024 da tradicional Feira dos Cereais de Gavião reuniu, no passado domingo, dia 20 de outubro, largas centenas de pessoas não apenas do nosso concelho. O coração da vila esteve praticamente ocupado pelos diversos feirantes, com as bancas dos cereais a concentrarem-se perto do Largo do Município.

Nozes, feijão, grão, frutos secos, fruta da época, cereais diversos, roupa, utensílios domésticos, chocalhos, alfaias agrícolas, castanhas cruas e assadas, cestaria, artesanato utilitário, flores e árvores, leguminosas, queijos, animais vivos e até o saboroso torrão constituíram toda uma oferta que fez as delícias de quem dedicou a manhã de domingo a uma visita à Feira dos Cereais. Não faltaram também farturas e frango assado na hora.

A feira foi também um raro momento de concentração de gentes de todo o concelho de Gavião, no que ajudou o transporte gratuito proporcionado pelo município desde as mais remotas povoações do concelho.

Os cereais hoje já não são a estrela desta feira que se realiza sempre no terceiro domingo de outubro pois a sua produção no nosso território, e em todo o Alentejo, caiu bastante nas últimas décadas. Mas a oferta da edição deste ano da feira foi farta em produtos da terra.

Em meados do século XIX, o milho foi o cereal mais cultivado no concelho de Gavião, a que lhe sucedeu o trigo a meio do século XX. O arroz foi também uma gramínea que conheceu um forte ciclo produtivo sobretudo junto à ribeira de Margem e noutros tempos esteve presente nesta feira mas também esta produção definhou. Porém, a produção local de feijão na freguesia de Margem continua a destacar-se na oferta desta Feira de Cereais. com uma boa variedade desta fabácia .

Em tempos remotos, Gavião teve uma feira de S. Miguel - evento por norma realizado em setembro - e é em agosto de 1912 que a Câmara Municipal decide que a grande feira da vila se realizasse no terceiro domingo de outubro, sendo que na altura a vila concentrava duas feiras, Belver era palco de uma e a Comenda de outra.

Por União das Freguesias de Gavião e Atalaia 12 de outubro de 2024
O passeio de 2024 dedicado aos seniores residentes na União das Freguesias de Gavião e Atalaia juntou mais de 200 pessoas numa jornada que enfrentou condições meteorológicas adversas mas que decorreu com muita energia e alegria.

Quatro autocarros fretados pela União das Freguesias levaram os menos jovens de Gavião, Atalaia, Amieira Cova e Degracias primeiro até Évora e logo a seguir até à marina da Amieira, já na albufeira do Alqueva. O programado passeio de barco teve de ser cancelado mas nem por isso o grupo desanimou e, sob a animação do acordeonista João Carvalho , que veio de Proença-a-Nova, prosseguiu até à parede da grande barragem.

O almoço, também oferecido pela União das Freguesias, decorreu na Quinta Nova do Degebe, às portas de Évora, também com excelente disposição, no que ajudou a qualidade de um repasto que teve dois pratos principais: bacalhau com migas de espargos e pernil assado.

Seguiu-se uma passagem por Reguengos de Monsaraz e uma paragem no miradouro de Monsaraz, para apreciar um panorama de cortar a respiração. Houve ainda tempo para uma breve paragem em Estremoz antes da chegada a Gavião, 15 horas depois da partida.

A acompanhar o presidente da União das Freguesias de Gavião e Atalaia, Germano Porfírio , esteve o vice-presidente da Câmara Municipal de Gavião, António Severino .

Por União das Freguesias de Gavião e Atalaia 27 de setembro de 2024
A Assembleia de Freguesia da União das Freguesias de Gavião reuniu no passado dia 25 de setembro na sua sede, na vila de Gavião.

O presidente da UF, Germano Porfírio , deu conta da situação positiva das contas de gestão e destacou os apoios concedidos a associações do nosso território mas também de outras freguesias do concelho com papel meritório na comunidade gavionense.

O passeio sénior do próximo dia 9 de outubro foi também assunto desenvolvido, dando-se conta da grande adesão de residentes na união das freguesias com mais de 60 anos. O passeio terá como destino o Alqueva , onde a UF oferece um almoço e comparticipa o custo do passeio de barco no maior lago do mundo. Na ida para o Alqueva irá acontecer uma paragem em Évora e na volta haverá tempo para uma visita a Monsaraz. As inscrições para o passeio ainda estão abertas e podem ser feitas na sede da União das Freguesias, na Avenida José Marcelino.

Uma última nota para sublinhar que as atas da Assembleia de Freguesia da UF podem ser consultadas, após aprovação, no nosso site.
Por União das Freguesias de Gavião e Atalaia 23 de setembro de 2024
Há um elo de ligação forte entre a cidade brasileira de Umarizal e a vila de Gavião. A primeira, situada no estado do Rio Grande do Norte , no Brasil, já teve o nome de "Gavião" e assim foi porque o batismo da povoação foi inspirado precisamente na nossa vila.

A "descoberta" aconteceu em 1997, quando Aurélio Bravo, diretor do jornal 'Fonte Nova' , editado em Portalegre, recebeu uma carta de um morador em Portalegre , Brasil, informando que também em terras brasileiras, no estado do Rio Grande do Norte, havia uma cidade chamada Portalegre. Aurélio Bravo ainda pensou tratar-se de Porto Alegre, esta uma cidade do estado do Rio Grande do Sul e capital de Estado. Mas não.
Segundo foi apurado, a cidade de Portalegre terá sido fundada há mais de 250 anos pelo português Miguel Castelo Branco, que terá exclamado ao olhar pela primeira vez para o lugar: "É uma Portalegre do Sertão!"

Em 1761, o juiz português fundou o município de Portalegre e também Estremoz e Arez , dando nomes de vilas alentejanas a estas terras sertanejas. A hoje cidade de Umarizal nessa época também passou a ser chamada Gavião.

Em 2004, uma grande delegação do Alto Alentejo, por altura das celebrações dos 80 anos do jornal 'Fonte Nova' , visitou todas estas cidades. Jorge Martins, então presidente da Câmara Municipal de Gavião, integrou a delegação e teve oportunidade de conhecer a Gavião do sertão brasileiro.

De recordar que no Brasil também existe o município de Gavião Peixoto , no Estado de São Paulo, mas neste caso sem qualquer conexão de referência toponímica à nossa vila de Gavião.

A cidade de Umarizal, outrora Gavião, nome que persiste pelo menos numa instituição do município, tem cerca de 10 mil habitantes e dista 341 quilómetros da capital estadual, Natal.
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