Quem decidir regressar à Atalaia, basta atravessar a ribeira na ponte de madeira ao lado do caminho e seguir o largo caminho até à aldeia.
Quem optar por seguir até aos Moinhos da Foz é só seguir pelos trilhos sinalizados, ao longo da ribeira, ora pela margem esquerda, ora pela margem direita, de moinho em moinho, por um vale que outrora fervilhou de actividade agrícola e moageira.
Chegado à confluência da ribeira das Barrocas com a ribeira de Alferreireira, descobre-se ali um núcleo moageiro que outrora tivera enorme importância não só para a Atalaia como também para as povoações vizinhas. Visitado o local, retoma-se o percurso, subindo por um estreito carreiro aberto na rocha pelos cascos dos animais de carga que ali vinham trazer o grão e dali levavam a farinha.
Chegado a um pequeno largo, pode-se encurtar o passeio, optando-se por seguir para a Alataia pelo PR2.2, a variante do "Vale da Azenha".
Quem quiser continuar, é só seguir pelo trilho ao longo da ribeira de Alferreireira até ao Tejo. Do lado de lá, terras de Nisa, do lado de cá Gavião.
Repare-se no vale encaixado da ribeira, no verde-claro do seu coberto vegetal constituído por freixos, amieiros e salgueiros e por um sub-bosque onde abundam os loureiros, o folhado e o feto real. Constitui um corredor de rara beleza e de enorme importância para a fauna.
Nas encostas, azinheiras, oliveiras, medronheiros, alecrim, rosmaninho e esteva. Nas zonas mais sombrias folhado, sanguinho-das-sebes...
Por aqui vivem javalis e raposas, coelhos e lebres, saca-rabos e genetas... nas ribeiras, lontras; nas árvores, uma imensidão de aves de onde se destacam a águia-de-asa-redonda, o melro-preto, os gaios, as pegas, os piscos e junto às ribeiras, os guarda-rios... Lá para o Tejo, podem ser vistos grifos e abutres-do-Egipto, cegonha-preta e garça-real...
Rapidamente se atinge o Vale Covo cuja ribeira se atravessa numa ponte de madeira. Antes de ali chegar, avistou-se do lado de lá uma construção grande, uma antiga fábrica de fiação e preparação de lã.
Continuando ao longo da ribeira de Alferreireira, chega-se ao Tejo por um trilho que, na sua parte final, percorre uma antiga levada, em alguns locais cavada na rocha.
Chegado ao local conhecido por "Batel"(por ali haver até há pouco tempo um batel que fazia a travessia do rio para os lugares dos Outeiros, na margem norte, pertencendo os referidos lugares, também, ao concelho de Gavião) e onde existe um abrigo de pescadores, toma-se um trilho ao longo da margem do Tejo rumo ao Vale de Cerejeiras, cuja ribeira se atravessa pela ponte do muro da sirga, na confluência desta com o rio.
Agora inicia-se a subida, rumando a sul, com o Vale de Cerejeiras lá no fundo, do lado esquerdo.
Atinge-se um ponto alto de onde se avista tudo em redor, sendo esta zona conhecida por Cabril.
Rumando para sul, por caminhos largos, rapidamente se atinge a Degracia Cimeira, depois visita-se a Fonte Velha ou Fonte da Bica, ruma-se agora para a Degracia Fundeira e, por caminhos tradicionais, termina na Atalaia. Até breve!
PR 2.1 "Variante dos Olhos d'Água" (5 km em circuito)
Esta variante é constituída por um percurso em circuito que, saindo da Atalaia percorre os mesmos caminhos do PR2. Passados 400m da queijaria dirige-se para o lagar Velho, na zona de nascentes da ribeira das Barrocas. Aqui chegado faz uma volta de cerca de 400 metros de visita aos "Olhos d'Água", regressando ao mesmo lagar Velho. A seguir passa uma cancela de uma propriedade privada no sentido da corrente da ribeira, passa um moinho, depois segue ao longo da levada e da ribeira até voltar a encontrar o caminho principal do PR2. Atravessa a ribeira na ponte de madeira e regressa à Atalaia. Percurso ideal para famílias com crianças, grupos de escolas do ensino básico, etc.
Quem quiser pode continuar pelo PR2 na totalidade ou em parte.
PR 2.2 "Variante do Vale da Azenha" (2,7 km em ramal)
Esta variante permite o encurtamento do PR2, seguindo directamente dos moinhos da Foz, na confluência da Ribeira das Barrocas com a ribeira de Alferreireira, para o final/ inicio do percurso, na Atalaia.