Bolsas de Estudo

  • Por União das Freguesias de Gavião e Atalaia
  • 06 jan., 2025
Por União das Freguesias de Gavião e Atalaia 16 de janeiro de 2025
A fábrica de tapetes de Luiz Sebastião Tropa era uma das referências industriais do nosso concelho e deu origem ao hoje Bairro Tropa , bairro que ganhou este nome por razões facilmente entendíveis.

Situada na freguesia de Belver, na encosta onde corre a linha da Beira Baixa, a fábrica de tapetes, carpetes, colchas e outros artigos deste segmento produtivo foi uma das grandes referências do seu sector.

Conforme conta Jorge Saco, na sua monografia de Belver que escreveu em 2018, no nosso território sempre existiram tecedeiras que faziam os seus trabalhos em linho ou lã nos seus teares caseiros. Luiz Sebastião Tropa e Maria Nunes da Silva tinham uma indústria de tecelagem em Castelo, concelho de Mação. Mas, nos anos 30 do século XX, os acessos em Castelo eram maus e em Belver o comboio estava ali ao lado e as estradas eram melhores. A "dica" da nova localização da fábrica foi dado ao senhor Tropa por 'Zé Sapato', comerciante de gado de Belver.

Os Tropa para aqui vieram e logo construíram a zona fabril e casas de habitação. Não tardou muito até uma irmã de Maria Nunes, Natividade Silva, também para aqui trazer a sua fábrica. A produção aumentou e era escoada no local e nos mercados do Alto Alentejo e da Beira Baixa. A fábrica contava com cerca de três dezenas de teares e outras tantas tecedeiras, tendo chegado a dar emprego a meia centena de pessoas.

No início do século XXI, a fábrica, que teve Natividade no comando nos seus últimos anos, confirmou o que a baixa de produção dos anos anteriores vinha a fazer adivinhar - e encerrou. Até que em 2012 a Câmara Municipal de Gavião comprou as casas e a antiga instalação fabril, aí instalando o Núcleo Museológico de Tecelagem e Mantas de Belver .

Por União das Freguesias de Gavião e Atalaia 13 de janeiro de 2025
A União das Freguesias de Gavião e Atalaia tem recursos humanos limitados mas procura sempre maximizar a sua força laboral. Por isso, mais uma vez está a realizar uma pequena obra numa associação do nosso território, concretamente o Clube Gavionense .

As equipas de trabalho da união das freguesias estão a dar corpo a um desejo do clube que representa Gavião na Associação de Futebol de Portalegre: a construção de uma churrasqueira junto da zona do bar, para estar ao serviço dos eventos realizados pelo clube.

Material e mão de obra disponibilizados pela união das freguesias, à semelhança do que aconteceu recentemente com a Associação de Caça e Pesca da Freguesia de Gavião , onde foi melhorada uma estrutura de apoio no exterior da sede desta associação.

Por União das Freguesias de Gavião e Atalaia 5 de janeiro de 2025

A ponte Belver-Gavião terá sido inaugurada em 1905  e este ano completará 120 anos de bons serviços. É essa marca que esta inscrição assinala, embora a sua data de inauguração muitas vezes seja referida como relativa a 1907. Nas suas guardas marca-se também o ano de 1905 relativo à obra empreendida pela então Empresa Industrial Portuguesa no que diz respeito sobreudo à parte metalomecânica da ponte (o possante tabuleiro assente em pilares de alvenaria).

A Empresa Industrial Portuguesa, de Henry de Burnay (o "Senhor Milhões"), foi fundada em 1874, em Alcântara, e dedicou-se sobretudo a grandes obras. Em 1917 contava com 750 trabalhadores. Esta empresa foi responsável pela construção de várias pontes: a ponte ferroviária de Pedorido, Vila Real, Mira, Fão, etc,.

Esta foi uma ponte tornada realiade só após muita insistências das populações e devido também à influência do conselheiro José Caetano Rebelo, pai de José Adriano Pequito Rebelo, junto do rei. O caminho de ferro da Linha da Beira Baixa já por aqui passava há alguns anos (desde 5 de setembro de 1891) quando a ponte foi inaugurada, permitindo um acesso mais fácil a quem vindo da margem esquerda do Tejo (Gavião, Margem, Comenda) queria apanhar o comboio.

Foi em maio de 1889 que uma representação de gavionenses apresentou ao rei - D. Luís ou D. Carlos (sendo que Carlos I só se tornou rei em outubro desse ano) - o pedido para a construção de uma ponte neste local, pedido que se repetiu erm 1901.

Amieira e Alvega também pressionarm o poder central no sentido de terem ali a ponte mas não venceram a causa.

Curiosamente, a ponte foi inaugurada em 1905 mas os acessos rodoviários dignos desse nome só chegariam um pouco mais tarde (em 1907) e apenas em 1960 seria retificado parte do ainda sinuoso percurso do rio até Gavião. O atraso nos acessos pode ser o que está na origem da discrepância de datas relativamente ao ano em que a obra da ponte foi terminada.

Por ali passava a então estrada da Beira, a nº 167.

Conforme nota o coronel Jorge Saco  num dos seus livros, o processo da ponte envolveu mesmo algum tumulto popular com origem na demora da decisão. O ónus foi colocado no conselheiro Rebelo, que até viu da janela da sua casa (que mais tarde foi o seminário) o povo construir e fazer arder uma miniatura da ponte feita de ramadas e com o dizer 'a ponte do Rebelo ardeu'. Pelos vistos, não só não ardeu como ali ainda continua.

Ao longo da sua vida centenária, a Ponte de Belver. por onde passa a Estrada Nacional 244, apenas sofreu uma remodelação profunda em 2016, quando viu o seu tabuleiro rodoviário alargado para seis metros, para além de um reforço estrutural. Uma obra da Infraestruturas de Portugal garantida e lançada durante a presidência de Jorge Martins na Câmara Municipal de Gavião.

A ponte tem uma extensão de 140 metros e quatro tramos, tendo sido a sétima ponte construída no Tejo português.

O rio Tejo é atravessado, em território português, por 16 pontes rodoviárias, ferroviárias e duplas, com a seguinte cronologia:

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